Um médico foi preso temporariamente ontem em Ribeirão Preto (SP) suspeito de matar a esposa envenenada. A mãe dele também foi detida por suposto envolvimento no crime.
A professora de pilates Larissa Rodrigues morreu em março, e exame revelou envenenamento. Ela foi encontrada morta pelo companheiro no apartamento do casal. O laudo toxicológico concluiu a causa da morte como envenenamento após encontrarem a substância popularmente conhecida como ”chumbinho” no corpo da vítima.
Ao longo da investigação, Luiz Antonio e a mãe dele, Elizabete Arrabaça de 68 anos, passaram a ser suspeitos. O homem foi preso em seu local de trabalho e, ao ser informado sobre o mandado de prisão, pediu ao investigador que o deixasse ligar para seu advogado. Em seguida, ele ainda perguntou o que havia feito, mostrou um vídeo que circula nas redes sociais.
Já a idosa passou mal na delegacia e precisou ser socorrida pelo Samu. Ela foi transferida na sequência para um hospital, de onde deve alta durante a madrugada. Ela retornou à Central de Polícia Judiciária da cidade e aguarda a audiência de custódia, informou o advogado Bruno Corrêa ao UOL.
O veneno teria sido administrado ao longo da semana da morte de Larissa. Em entrevista coletiva ontem, o delegado Fernando Bravo informou que a professora de pilates contou a algumas amigas que estava se sentindo mal, com sintomas como diarreia, toda vez que a sogra a encontrava.
A sogra tentou comprar chumbinho 15 dias antes. A suspeita teria ligado para uma amiga, que é proprietária de uma fazenda, perguntando se ela possuía a substância. Segundo o delegado, ela ainda perguntou onde poderia comprar o produto.
Luiz Antonio tentou se desfazer de provas limpando o apartamento. De acordo com Bravo, o médico encontrou a esposa já com rigidez cadavérica e tentou limpar o apartamento para se livrar de pistas que pudessem ligá-lo ao caso. ”A participação dele ficou bem evidente para nós”, afirmou.